domingo, 8 de maio de 2011

Novas seguidoras

Oi pessoal!
Vi que ganhamos algumas seguidoras nas últimas semanas e vim dar as boas-vindas a todas.Espero que estejam gostando da história!
E por falar nisso, essa semana voltarei a postar,mais provavelmente na terça ou na quarta,ok?
Beijos a todos e até mais!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Satisfação...

Olá pessoal, não sei se ainda estão aí...Mesmo assim vim aqui para dar uma satisfação a vcs,pois ando bem sumida.Tenho estado bem ocupada,mas ainda assim pretendo continuar postando nesse blog a história da Carol.

Bem, é isso, procurarei voltar a postar o mais breve possível,e peço que tenham um pouquinho de paciência.
Até mais!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

2-Coração Estruturado

Ao som do estridente soar do despertador Carolina abriu os olhos com dificuldade e observou o ambiente do quarto já claro, evidenciando que o dia havia amanhecido.
Não levantou de imediato. Ensaiou uma ou duas vezes,mas o frio se fazia tão cortante que sua vontade era ficar ali mesmo,debaixo daquele cobertor tão quentinho.
Quando deduziu não poder mais adiar o confronto com a realidade fria daquela manhã,levantou-se de súbito e foi direto para o banheiro tomar uma ducha,antes que se arrependesse e deitasse de novo.
Um banho era tudo o que precisava para criar coragem.
Instantes depois a garota saía do banheiro enrolada numa toalha,tremendo e “batendo” os dentes de frio.Abriu o guarda-roupa e decidiu-se rapidamente por uma calça jeans, e uma espessa blusa de lã rosa que usaria por baixo da jaqueta jeans que ganhara de Alice no seu aniversário.
Tão logo vestiu-se,desceu para tomar o café da manhã na cozinha,onde seu pai e Alice já se encontravam à mesa.
-Bom dia!-a menina os cumprimentou com vivacidade.
-Bom dia-Alice respondeu-Pronta para um novo dia?
-Prontíssima!-a garota respondeu enquanto despejava café em sua xícara- Hoje to preparada pra o que der e vier!
-Que disposição!-exclamou Roberto-Será que poderia passar um pouco desse estímulo pra mim?Eu não to nada animado.
-Pois eu sim-Alice comentou.
Roberto e Carol se entreolharam sorrindo,e a última comentou:
-Não sei como ela tem tanta disposição numa situação dessas-a garota disse apontando para a barriga da madrasta.
-O que é que tem de mal nisso? Gravidez não é doença.
-Mas é um estado delicado. Acho que você deveria repousar um pouco mais. Será que essa sua atividade toda não vai prejudicar o bebê?-Roberto aconselhou.
-Não. Vai ser bom pra ele. Desde cedo vai aprender a ser ativo e esforçado como a mãe.
Após o café da manhã, os três tomaram seu rumo.Alice foi deixada pelo marido no Bom Clima,onde trabalhava,e Carol no centro,onde situava-se a faculdade,e Roberto seguiu para o Tatuapé,na capital,onde trabalhava.
Carol foi caminhando lentamente em direção à portaria da instituição, quando sentiu um tremor dentro de sua bolsa.
Por certo era o celular vibrando. Abriu a bolsa e pegou o aparelho,lendo no visor: “Chamada de Jeni”.
-Alô?
-Carol!
-Fala Jeni! O que é que deu em você pra me ligar a essa hora?Pensei que ainda estivesse dormindo...
-É que tenho uma novidade pra te contar. Arrumei um emprego e começo a trabalhar hoje.
-Que legal.
-É. Eu tava mesmo precisando me ocupar com alguma coisa.Desde que você se mudou de novo fiquei bem solitária.
-Nem me fale. Eu também fiquei solitária quando vim parar aqui em Guarulhos.Bem que meu pai poderia ter escolhido a capital pra morar,já que ele trabalha por lá.E além do mais lá conheço a Cris,a Lu e mais um “montão” de gente.Não ia ficar deslocada.
-Mas você ainda não arranjou nenhum amigo por aí?
-Arranjei sim.A Karen é uma delas.E também tem o Gui,o Pedro,a Marilu,a...
-Tá tá,já entendi!Você já tem muitos amigos.Olha Carol,a conversa tá boa mas já tenho que desligar tá?To quase de saída.
-Tudo bem,a gente se fala depois.Quero saber tudo sobre seu novo emprego.
-Falou...Tchau amiga.
-Tchau.
Carolina entrou na faculdade.Atravessou o portão,e quando adentrou no corredor inesperadamente esbarrou com um rapaz.Os livros que ele tinha nas mãos caíram todos no chão,e Carol se sentiu culpada pelo “acidente”.
-Mil desculpas!-disse ao rapaz-Eu...Eu não queria fazer isso.Deixe-me ajudá-lo.
O rapaz sorriu aparentando não haver ficado nervoso.
-Tudo bem-ele respondeu-Foi só um simples acidente,e você não teve culpa.
A garota ajudou o rapaz a recolher os livros e novamente se desculpou.
-Mesmo assim me desculpe.Preciso prestar mais atenção por onde ando.Sou meio desastrada.
A garota fitou o rapaz e admirou seus belos olhos azuis e o sorriso simpático.Ele estendeu a mão e se apresentou:
-Prazer,meu nome é Caio.
Carol correspondeu:
-Carolina.O prazer é todo meu-disse ela,estendendo a mão.
-A gente se esbarra por aí-ele finalizou a conversa,saindo em seguida.
Carolina continuou seu caminho pelo corredor e a poucos metros encontrou Karen,sua colega de classe,que estava com um enorme sorriso no rosto,curiosa.
-Eu vi tudo!Quem era aquele gato que você estava conversando no início do corredor?-ela perguntou ansiosa à amiga.
-Ah era um rapaz muito simpático.Caio.
-Humm!O que “que tá pegando”?
-Nada,Karen.Acabei de conhece-lo.Não tá pegando nada.
-Por enquanto,né?
Karen era uma garota de baixa estatura, morena,com um belo par de olhos negros e cabelos também negros,ondulados.Era extremamente sorridente e divertida.
- Mas me fala-ela mudou de assunto,enquanto ambas dirigiam-se à sala de aula-Tô ansiosa pra saber o que achou da reunião de ontem na igreja,já que não tivemos tempo de conversar sobre isso.
-Eu fiquei bem animada. Gostei da idéia da organização evangelística e acho que vou me sair bem.Eu sempre tive facilidade pra evangelizar as pessoas.
-Eu também. Fiquei muito feliz e acho que já tava mais que na hora de a gente se mobilizar pra essa obra.Aliás,como é mesmo o nome da organização?
-“Reconstruindo corações”.
-Nome bonito né? Bem à altura.
-É-Carol concordou, enquanto acomodava-se na cadeira, colocando o material em cima do suporte-Espero que possamos mesmo reconstruir corações.
-É...-Karen concordou pensativa-Mas sabe de uma coisa?Será que todos nós estamos preparados pra essa missão?
-Claro que sim...Nós temos a Palavra de Deus em nossos corações e temos muita coisa pra passar pra essas pessoas.Por que essa pergunta?
-É que...Pra reconstruir corações,é necessário estarmos com nosso coração estruturado.
Carol fitou a amiga um tanto admirada com seu comentário. Karen era uma pessoa super engraçada,divertida,mas quando queria falar sério,falava bem e firme.
Aquela frase ficou martelando na mente de Carolina durante todo o resto do dia. Que frase profunda!Será que estaria realmente com o coração estruturado pra ajudar a reconstruir outros corações?

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

1-A glória dos filhos são seus pais

A menina de cabelos longos e olhar expressivo olhou pra um lado,olhou pro outro,e andando a passos rápidos atravessou a agitada avenida.Ia friccionando a mão na outra, assoprando levemente o ar,que fluía espessamente da sua boca.Tinha trajes de inverno;o cabelo castanho solto ao vento,até um pouco desalinhado,e as faces um tanto avermelhadas em decorrência do rigor do frio.
Parou em frente a um carro de cor prata que ali jazia estacionado e cumprimentou o homem que a esperava encostado no veículo. O homem tinha uma expressão séria;era alto,corpulento,e aparentava ter lá seus quarenta,quarenta e poucos anos.
-Desculpe a demora, papai, é que eu estava acertando os detalhes de um evento que teremos aqui na igreja na próxima semana- a garota justificou-se logo depois do cumprimento.
-Tudo bem- o pai respondeu sem aparentar se ficara nervoso ou não. Deu a volta ao outro lado do carro e entrou no veículo.A garota esperou que o pai abrisse a porta e também entrou.
A menina fechou a porta e observou pela janela a fachada da igreja ainda “fervendo” de gente. Acenou pra alguns de seus amigos que ainda se encontravam reunidos ali, e logo depois sentiu a arrancada brusca com a acelerada do carro.Conhecendo seu pai como conhecia, sabia que esse tipo de ímpeto era normal dele.
O que não era normal daquele homem era o estranho silêncio que ele manifestava aquele momento. O Sr Roberto,homem extremamente falante e expressivo,exibia um estranho modo sigiloso.
A filha não quis perguntar nada a princípio.Seria melhor esperar para ver o que seu pai tinha a dizer, pois sim, ele ia dizer. Roberto não era de segurar as palavras por muito tempo. Sempre acabava falando.
O homem levou a mão à cabeça. Balançou impacientemente a perna, olhou pra um lado,olhou pro outro,voltou a olhar pra frente.Protagonizou uns e outros trejeitos,mas enfim falou:
-Sua mãe ligou.
Silêncio.
A garota pareceu não ter escutado o que o pai dissera. Permaneceu imóvel,como se não houvesse acontecido nada.O pai a fitou como quem intenta descobrir algo e repetiu:
-Sua mãe ligou.
Silêncio novamente.
Roberto se calou por instantes, parecia não querer insistir,mas logo instou novamente:
-Ouviu o que eu disse?
-Ouvi-a menina respondeu sem olhar para o pai.
-Não vai me perguntar o que ela queria?
-O que ela queria?-a menina perguntou como que por obrigação.
-Ela quer que você compareça ao casamento de sua prima Evelyn.
-Ah- ela murmurou inexpressivamente.
Roberto lançou um olhar preocupado para a filha e não falou mais nada.
Tão logo chegaram em casa, a garota saiu rapidamente do veículo e entrou.
Na sala se encontrava Alice, sua madrasta, deitada em um dos sofás, enrolada em um espesso cobertor, que por sinal parecia convidativo. Era uma mulher bonita. Tinha os cabelos de comprimento médio, castanhos claros, olhos verdes, e era jovem ainda. Sua beleza parecia haver ganhado um brilho novo em função da gravidez de seis meses.
-Tá muito frio aí fora,Carol?
-Muito!-Carolina respondeu se “esparramando” no sofá-O frio tá de arrepiar.
-E a previsão é de mais frio na próxima semana-Roberto comentou entrando no ambiente.
-Mais frio que isso?Ai não...-Carol reclamou.
-Eu gosto-Alice comentou-Me faz lembrar do clima frio do sul.
Carolina deu um sorrisinho inexpressivo e imaginou como era que uma pessoa poderia gostar de um clima tão “falto de viveza”.
-Bem, vou dormir-a menina disse levantando de súbito-Boa noite pra vocês.
-Boa noite-Alice e Roberto responderam ao mesmo tempo.
-Não esqueça de retornar a ligação da sua mãe-Roberto acrescentou. Carolina balançou a cabeça afirmativamente e desapareceu escada acima.Entrou em seu quarto,onde se refugiava sempre depois de um dia cheio e jogou-se na cama.Deitou de bruços e ficou por alguns instantes assim,olhando o vazio.Logo após levantou-se,pegou a Bíblia e sentou-se,iniciando a folhear o Livro que sempre fazia questão de ler todas as horas que pudesse.Folheou-a,e parou no livro de Provérbios,capítulo 17,onde leu vários versículos,atentando mais para a parte b do 6,que dizia: “A coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são seus pais”.
A menina parou por instante e ficou a meditar na mensagem daquela frase. “A glória dos filhos são seus pais”- ela repetiu em voz alta. Levantou-se e caminhou ao guarda-roupa,onde abriu a gaveta e pegou um tipo de um livro por entre as peças de roupas.Era seu diário.Um velho diário que ela possuía já havia mais de dois anos,e que ainda possuía algumas folhas em branco.
Sentou-se na escrivaninha e começou a escrever.

Querido Diário

Meu dia hoje foi legal.Fui à igreja,louvei,me diverti com meus amigos,mas ao fim dele parece que toda a alegria desapareceu quando ouvi a notícia de um telefonema que por não estar em casa não pude atender.E foi melhor assim.
Não sei por que fico tão alterada quando ouço falar daquela mulher.Sabe de quem estou falando,não sabe?Aquela mulher é a minha mãe.Aquela que merece todo meu respeito,meu carinho,meu amor.Mas é tão difícil ter uma mãe como a que eu tenho.
Acabei de ler um versículo que diz que “a glória dos filhos são seus pais.” É uma mensagem bonita, mas no momento acho que não se aplica à minha vida.
Faz dois anos que me separei da minha mãe.Vim morar com meu pai e com Alice e desde então não tenho tido tanto contato com ela.Parece que me esqueceu.Ligou hoje só pra me avisar do casamento da Evelyn, mas quem disse que ela liga pra saber se eu to bem,se eu to com saudades,se eu preciso conversar com ela...
Eu não vou mentir. Eu penso nela.Penso muito.E oro também.Quero que Deus a salve,que a liberte de toda mentira e ilusão em que vive.Eu a amo e quero vê-la salva.Não sei se quero voltar a ter a relação que tínhamos anteriormente,mas quero que ela mude de vida.É o máximo que posso desejar a ela no momento.
Bem,querido Diário,eu preciso ir dormir.Não quero enfadar mais nem a você e nem a mim mesma com essas reclamações.Além disso,estou exausta.Desde que comecei a fazer faculdade você sabe que ando cansada e sem tempo.É o preço que tenho que pagar.
Até mais querido Diário

Boa noite

Carolina


Tão logo terminou de escrever,a garota deu um suspiro,limpou algumas lágrimas finas e quentes que timidamente haviam escorrido de seus olhos e guardou o diário.Ajoelhou-se na beira da cama e dirigiu uma oração a Deus.Era uma oração diferenciada,muda.Era uma oração em que apenas as lágrimas falavam e os suspiros expressavam o que se passava no seu coração. Era uma prece que vinha da alma.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Reinício

Olá pessoal,depois de um bom tempo,já decidi.Vou reiniciar as postagens desse blog a partir do dia 1º de novembro.Não percam o primeiro capítulo.A estória vai se chamar "Os muros do coração" e está baseada no livro de Neemias,que fala sobre a reconstrução dos muros de Jerusalém.Espero vocês por aqui.Um beijo e um abraço a todos!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Diário da Carol de cara nova

Aguardem a próxima parte de Diário da Carol;a narrativa será em 3ª pessoa,e se passará dois anos depois dos últimos acontecimentos descritos no diário.Não tenho previsão de quando começarei a postar,mas já os deixo cientes da continuação da história,que promete ser mais dinâmica e interessante.

Bye

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sábado 3 de Março

Estou indo embora.Não sei se pra sempre,mas vou.É dura a dor da separação,a dor de ter que ir,sendo que o desejo é ficar. De se afastar sendo que se quer estar mais perto.É a vida.
Deus tem seus propósitos,e embora não entendamos no momento,precisamos ter a consciência de que um dia iremos entender.
É hora de obedecer sem questionar,de prosseguir sem pensar em retroceder.É hora de ir sem olhar para trás.
Eu tenho muito a aprender.E acho que isso não será de uma hora pra outra,e também não vai ocorrer da maneira que eu quero.Pra isso,tenho que passar por onde não quero,fazer o que não estou com vontade.Tenho que voltar ao ponto inicial,onde tudo começou.

Até mais

Carolina,voltando às origens

Fim
(da 1ª parte)